A Câmara do Rio aprovou nesta terça-feira (08), em segunda discussão, a autorização para a prefeitura contrair um novo empréstimo. O projeto passou com emendas, inclusive da própria base, que reduziu o valor inicialmente pedido por Eduardo Paes (PSD), de R$ 6 bilhões, para R$ 2,2 bilhões. Com os 50 vereadores votantes na sessão, o projeto foi aprovado com 38 votos favoráveis e 12 contrários.
A proposta de emenda que reduziu o valor, partiu do próprio presidente da casa, Carlo Caiado (PSD), e da presidente da Comissão de Orçamento, Rosa Fernandes (PSD). Segundo a vereadora, para chegar até esse número, a comissão utilizou de estudos técnicos, para assim, definir a capacidade de endividamento que Prefeitura do Rio pode suportar.
A bancada do PL, oposição mais barulhenta de Paes na Câmara de Vereadores, foi além, e tentou reduzir o valor para R$ 500 milhões, sem sucesso. Este é o sexto pedido de endividamento enviado por Eduardo Paes (PSD) desde que ele reassumiu o comando do Palácio da Cidade, em 2021.

Segundo o relatório produzido pelo gabinete do vereador Rafael Satiê (PL), existe uma série de inconsistências no pedido do prefeito. Há uma ausência de um plano detalhado: o crédito não está vinculado a nenhuma obra ou programa específico, e não há estudos públicos que comprovem a viabilidade da operação. Tudo isso com cláusulas que permitem a contratação sem garantia da União.
Ou seja, com risco de juros mais altos e chance de usar receitas futuras como contrapartida. O que poderia colocar a cidade em uma situação de risco fiscal. Os vereadores da oposição também acusam o prefeito de pedir os recursos de olho na campanha para governador, em 2026.