Com mais de 120 expositores oferecendo produtos novos e usados, o Brecholeiras ostenta em suas redes o título de “a primeira feira 100% de brechós do Brasil”. Ela se destaca — em comparação com outras famosas da cidade, como a Feira da Praça Quinze — não só por seu tamanho considerável, mas também por ser uma boa opção para quem quer fugir do eixo Centro/Zona Sul.
Localizado embaixo do viaduto Negrão de Lima, em Madureira, entre estações de BRT e trem, o evento movimenta, todos os sábados, clientes de várias partes do Rio, em busca de uma peça de roupa única. E sobretudo, por um preço que cabe no bolso.
O evento começou online ainda em 2010, no extinto Orkut, a partir de um grupo de mulheres que desejava fazer trocas de roupas e sapatos. Do virtual, veio o vínculo real. A estação de trem de Madureira foi o primeiro ponto de encontro do grupo de “garimpeiras”. No entanto, com o crescimento — e o apadrinhamento da Central Única das Favelas (Cufa) — , o Brecholeiras passou a acontecer bem em frente à sede da ONG, em 2016.
Para Adriane Ramos, uma das fundadoras e dona do brechó Any Bazar, o apoio da Cufa trouxe mais visibilidade e aceitação.
“Até então [brechó] era visto como local para ‘roupa de defunto'”, conta. Segundo ela, o evento já transformou a vida de muitas expositoras. “As participantes, na sua grande maioria, tiram o sustento de seus lares ou complementam renda” conta a co-fundadora, ressaltando que a feira é feita, em grande parte, por mulheres.
O Brecholeiras também movimenta a economia local. Nos arredores da feira, diversos comerciantes de comida, lanches e bebidas têm a oportunidade de lucrar com o grande fluxo de clientes.
Mas se engana quem pensa que o evento abandonou suas raízes no on-line. No Facebook, as expositoras também exibem seus produtos ao longo da semana, permitindo que os interessados reservem previamente as peças e já cheguem no sábado com o lookinho garantido.
Serviço
Feira Brecholeiras
Rua Francisco Batista, n°1 (embaixo do viaduto Negrão de Lima)
Todos os sábados, das 9h às 15h.