Diego Faro, o afilhado político de Cláudio Castro (PL) nas eleições de 2024, vai continuar na Cinelândia. Porque para Brasília, em 2026, não tem para ninguém: a aposta do governador é o secretário estadual de Meio Ambiente, Bernardo Rossi.
Não é de hoje que o moço é a companhia mais constante do todo-poderoso do Palácio Guanabara, tanto em agendas locais, pelo interior do estado — e nas viagens internacionais. A presença do secretário está cada vez mais constante, e, claro, sempre registrada em palanques e fotos.
Rumo do afilhado de Castro deve ser o PL
O governador tentou emplacar o novo pupilo no Republicanos, mas só se ele levasse a presidência do diretório estadual como prêmio de filiação. Não deu certo.
O destino do secretário e ex-prefeito de Petrópolis deve ser mesmo o PL.
Mas, enquanto a estratégia da legenda é rechear a nominata de vereadores — para pôr fermento na lista de candidatos a deputado federal — a aposta da dupla é na máquina, e nas entregas, da secretaria.
Aditivado pelo Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam), o Meio Ambiente deixou de ser o patinho feio da administração estadual, para ser um cisne dos mais cobiçados. Só recentemente, em projetos que foram aditivados, os contratos superam R$ 1,5 bilhão.
Nas contas da dupla, tamanho investimento pode render algo em torno de 80 mil votos para federal — embora o mercado, mais pessimista, aposte em, no máximo, uns 60 mil.
Queda de braço com Pampolha
Quando foram iniciadas as negociações para o então vice-governador Thiago Pampolha aceitar renunciar ao cargo para assumir uma vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE), uma das exigências do moço era voltar a comandar (ou indicar quem o fizesse) o Meio Ambiente.
Mas Castro não aceitou, sob nenhuma hipótese, despejar Bernardo do cargo para devolvê-lo ao seu antecessor. A queda de braço quase levou ao fim dos planos de afastar Pampolha do governo.