O vereador Rogério Amorim (PL) comentou, nesta quinta-feira (15), sobre o caso envolvendo o advogado criminalista Luis Mauricio Martins Gualda, seu ex-assessor, exonerado após ser apontado como suspeito de um furto em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Ele repetiu o jargão popular entre os bolsonaristas, “bandido bom é bandido morto”, mas com um adendo: “ou preso”.
“Bandido bom é bandido morto, ou preso, como sempre defendi. Da mesma forma que eu defendo a morte e punição para vagabundo, defendo para aquele que estava nomeado em meu gabinete”, disse.
Apesar de admitir que Gualda estava nomeado em seu gabinete, por ser “advogado e professor universitário”, Amorim tentou colar a figura de seu ex-assessor ao PT ao dizer que ele já trabalhou no gabinete do ex-prefeito de Niterói Godofredo Pinto e do ex-deputado federal Chico D’Ângelo, hoje no PDT.
O vereador ainda atacou adversários políticos que comentaram o caso nas redes, como, por exemplo, o prefeito Eduardo Paes e o secretário municipal de Conservação, Diego Vaz, ambos do PSD. Este último foi chamado por Amorim de “menudo do prefeito”.
“Infelizmente tomou o caminho errado. Quando soubemos, foi sumariamente exonerado. Não vou perder tempo respondendo a menudo do prefeito que foi eleito com a máquina pública, que hoje virou secretário de Conservação. O prefeito está mais preocupado em fazer campanha e abrigar apaniguados políticos”, afirmou.
Suspeitos de furto trabalharam com irmãos Amorim
Envolvidos no espetacular furto em um apart-hotel em Gragoatá, Niterói, o empresário Alexandre Ceotto e o advogado criminalista Luis Mauricio Martins Gualda, já estiveram nomeados como assessores parlamentares dos irmãos Amorim — o deputado estadual Rodrigo (União Brasil) e o vereador Rogério. Ceotto teria planejado o crime, e Gualda, usando uma máscara de silicone, foi o executor.
Gualda estava lotado no gabinete de Rogério na Câmara do Rio até esta quarta-feira (14), e foi exonerado depois que o caso veio à tona. Pela função, que ocupava desde janeiro de 2023, recebia um salário líquido de R$ 15.805.
Curiosamente, no depoimento à polícia no dia 7 de maio, ele admitiu ter participado do furto e justificou o ato dizendo que passava por dificuldades financeiras e precisava manter o seu elevado padrão de vida. Aos policiais, disse ser funcionário de uma empresa com sede em Niterói — mas não mencionou o cargo na Câmara.
Rogério Amorim disse que o exonerou assim que soube do crime, que o trabalho dele era externo e que não sabia que ele tinha outro emprego.
Já Ceotto — que foi candidato a vice-prefeito de Niterói, subsecretário estadual e diretor do Instituto Rio Metrópole — esteve nomeado na Assembleia Legislativa, como assessor de Rodrigo Amorim, irmão de Rogério, entre setembro de 2021 e janeiro de 2022. A Justiça emitiu, ontem, um mandado para a prisão do empresário, mas ele está foragido.