Nestas eleições, o fracasso subiu aos púlpitos das igrejas.
A Igreja Internacional da Graça de Deus, que já elegeu Jorge Manaia três vezes, amargou a segunda derrota consecutiva, no Rio e em São Paulo. Na Terra da Garoa, André Soares, quinto filho do líder e fundador da denominação, R.R.Soares, perdeu pela segunda vez.
No Rio, o novato Pastor Josias Cruz também ficou de fora.
Na legislatura que está terminando, a Igreja Mundial do Poder de Deus, do apóstolo Valdemiro Santiago, só conseguiu um vereador — Matheus Gabriel — graças à cassação de Gabriel Monteiro. Desta vez, decidiu rifar Matheus (que já foi Floriano, sobrenome do pai, o ex-deputado federal Francisco Floriano), e buscar espaço com Sandro Alves, ex-diretor do canal de TV e atualmente responsável pelo braço político da denominação.
O novato não se elegeu.
Silas Malafaia, mais preocupado com Pablo Marçal, em São Paulo, não conseguiu eleger o ex-pagodeiro e hoje pastor e cantor gospel Waguinho, deixando a Assembleia de Deus Vitória em Cristo sem vereador após três mandatos de Alexandre Isquierdo.
A Assembleia de Deus de Madureira, a maior do Rio, manteve Eliseu Kessler candidato à reeleição pelo MDB — e perdeu. O cabo eleitoral do rapaz foi o deputado federal Otoni de Paula, que pediu votos também para o irmão, o ex-superintendente da Suderj Renato de Paula — outro que fracassou.
Já a bancada da Igreja Universal do Reino de Deus, que na época de Bispo Rodrigues chegou a ter cinco vereadores, vinha mantendo três nobres por mais de quatro mandatos. Desta vez, já percebendo que as chances estavam reduzidas, decidiram não mais apostar em João Mendes de Jesus e inscrever Deangelis Percy no PSD do prefeito Eduardo Paes. Só reelegeu os dois vereadores que permaneceram no Republicanos, Tânia Bastos e Inaldo Silva.
Em resumo, a bancada evangélica encolheu significativamente.