Em junho de 1998, uma decisão da Assembleia Legislativa ( Alerj) sepultou a “gratificação faroeste”, como ficou conhecida a premiação em dinheiro criada em 1995 pelo governador Marcello Alencar (PSDB) e paga a policiais responsáveis por atos considerados de bravura. Mais de 27 anos depois, um grupo de deputados estaduais preparou uma emenda para ressuscitar a para lá de polêmica recompensa.
“A ‘gratificação faroeste’ aumenta a violência. Quem mata mais ganha mais. Isso dobrou a taxa de letalidade em confrontos com a polícia”, afirmou, na ocasião, o deputado Carlos Minc (PSB), autor do projeto que acabou com a gratificação faroeste na década de 90. Minc citava dados de uma pesquisa realizada pelo Instituto de Estudos da Religião (Iser) e pela Alerj.
Emenda de 2025 é capitaneada pelo presidente da CCJ da Alerj
A emenda de 2025 é capitaneada pelo líder do governo e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Rodrigo Amorim (União), e foi apresentada ao projeto do executivo que trata da reestruturação do quadro permanente da Polícia Civil. Além de Amorim, ainda assinam outros seis integrantes da chamada bancada da bala da Alerj: Alan Lopes (PL), Filippe Poubel (PL), Alexandre Knoploch (PL), Renan Jordy (PL), Douglas Gomes (PL) e Marcelo Dino (União).
O texto usa termos já clássicos para a bancada da bala dos tempos modernos. Diz que a gratificação será paga quando houver “apreensão de armas de grande calibre ou de uso restrito, bem como em caso de neutralização de criminosos”.
