Após o caos na Zona Norte do Rio, na manhã desta quinta-feira (24), o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), afirmou que cobrará publicamente do governo estadual políticas de segurança pública. Este episódio e a baderna envolvendo torcedores do Peñarol, na última quarta (23), no Recreio, acentuaram o debate sobre o tema, que se estende desde a eleição.
“Eu vou, com a legitimidade de quatro mandatos de prefeito, cobrar a falta de políticas de segurança pública. Vou passar a fazer as cobranças sempre públicas para que vocês não fiquem com esse jogo de desmentir a gente. Essa vergonha mostra o total descontrole de vocês”, afirmou o prefeito.
Em fala direcionada ao secretário estadual de Segurança Pública, Victor Santos, Paes recordou o episódio em que o traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, ordenou o fechamento de igrejas católicas em Brás de Pina. O bandido é o chefe da organização criminosa no chamado “Complexo de Israel”.
“Há um tempo atrás liguei para o senhor pessoalmente e pedi para que me acompanhasse numa igreja em Brás de Pina proibida de fazer uma festa junina pelo tal do Peixão. Não apareceu ninguém e tive que ir pessoalmente garantir que o padre pudesse fazer o evento”, prosseguiu.
Por fim, Paes afirmou que seu desabafo não tem como alvo as instituições, mas sim o que chamou de falta de comando na área da segurança. “Minha crítica não é à Polícia Militar ou à Polícia Civil, mas sim à falta de comando. Essas instituições têm seus problemas, mas quando têm comando adequado e clareza da autoridade sabem cumprir com sua missão”, concluiu.
E a atuação da Guarda Municipal agredindo torcedores no Engenhão sem razão plausível também terá cobrança do Senhor Prefeito?