Um dos deputados presos na operação Furna da Onça, em novembro de 2018, Chiquinho da Mangueira está de malas prontas para retornar à Assembleia Legislativa (Alerj). Segundo suplente do Solidariedade, ele ocupará a vaga deixada por Felipinho Ravis, nomeado secretário estadual de Trabalho e Renda, nesta segunda-feira (15).
Isto acontecerá porque o primeiro suplente do partido, Bernardo Rossi, está na Secretaria estadual do Ambiente e Sustentabilidade. Chiquinho foi deputado estadual por cinco mandatos, além de ter sido presidente da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, entre 2013 e 2018.
Chiquinho da Mangueira sobre o processo: ‘caso enterrado’
A operação Furna da Onça, da qual Chiquinho foi um dos alvos, investigava a participação de deputados em um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e loteamento de cargos públicos, sendo um desdobramento da Operação Cadeia Velha. Deixou a prisão em janeiro de 2019, após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) conceder prisão domiciliar.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, em março 2021 remeteu o processo, que tramitava na Justiça Federal, para o Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ). Em junho daquele ano, o Ministério Público Eleitoral verificou ausência de crime eleitoral e pediu que a ação fosse remetida à Justiça Estadual comum.
“O caso está enterrado definitivamente. Aquilo foi uma covardia com a pessoa errada, um negócio que não tinha nenhum cabimento, nenhum fundamento”, disse Chiquinho da Mangueira.
Na eleição de 2022, obteve 29.502 votos, ficando como segundo suplente da legenda. Em agosto de 2023, foi nomeado chefe de gabinete da Secretaria estadual de Educação. Chiquinho da Mangueira quer retomar o trabalho de onde parou.
“Dar continuidade a tudo que fiz em cinco mandatos, dando prioridade ao esporte, educação, cultura e a preocupação com a questão social em função do trabalho social que faço na Mangueira”, complementou.