A Assembleia Legislativa (Alerj) instalou, no Diário Oficial desta segunda-feira (16), mais uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), desta vez para investigar a atuação de sistemas de câmeras instaladas em locais públicos e de cooperativas que atuam na recuperação de veículos roubados. Dos cinco membros efetivos da comissão, quatro integram a tropa de choque governista, que vem se destacando por atuações barulhentas em outras comissões.
A criação da CPI foi proposta pelo deputado Alexandre Knoploch (PL), que deve assumir a presidência. Ele terá o reforço de Filippe Poubel (PL), Marcelo Dino (União Brasil), Rodrigo Amorim (União Brasil) e Luiz Paulo (PSD), este último como única voz não governista entre os titulares.
Os suplentes são Renan Jordy (PL), Professor Josemar (PSOL) e Thiago Rangel (PMB).
Um dos principais alvos da nova CPI da Alerj será o sistema de monitoramento conhecido como “Gabriel”, que tem câmeras instaladas em diferentes pontos do Rio. Segundo Knoploch, a empresa responsável pelo sistema não apresenta transparência quanto às autorizações formais ou aos critérios legais usados para instalar os equipamentos em vias públicas.
Na mira da Alerj também estarão cooperativas de recuperação de veículos roubados
Outro foco da investigação são as cooperativas que atuam na recuperação de veículos roubados. Em 23 de maio, a Polícia Civil fez uma operação para apurar a atuação de uma quadrilha suspeita de movimentar mais de R$ 11 milhões em menos de um ano, cobrando valores indevidos para devolver carros roubados ou furtados. Segundo as investigações, o grupo teria participado da recuperação de mais de 1.600 veículos.
Na justificativa apresentada junto ao pedido de abertura da CPI, Knoploch também menciona suspeitas de que imagens captadas por esses sistemas sejamusadas como fonte de dados por organizações criminosas, como milícias e facções do tráfico.

Muito explosiva mesmo. Essa empresa foi fundada pelo vice prefeito do Rio, que será prefeito do Rio. E tem aportes da Globo Ventures.