Muito além de concreto, aço, vidro. Empreendimentos imobiliários têm buscado levar à população local mais do que a construção — também gestos de uma nova gentileza urbana. Moradores de uma das regiões tijucanas mais tradicionais, por exemplo, vão ganhar, em contrapartida ao condomínio Cores da Tijuca, uma extensão da Igreja de São Francisco Xavier — com a Capela do Santíssimo e uma área para trabalhos sociais realizados pela congregação católica.

Já o Soul Rio Fátima — que vai abrir as vendas oficialmente neste fim de semana — virou ponto de encontro dos vizinhos do charmoso Bairro de Fátima, ao lado da Lapa e aos pés de Santa Teresa. É que o projeto, a cargo da W3 e da RJDI, criou o jogo de letras “Eu amo o Bairro de Fátima”. E tem fila para fotografar ao lado da escultura. Moradora do local há 65 anos, Isabel foi ao estande de vendas do empreendimento imobiliário pedir que o letreiro seja incorporado ao patrimônio do bairro.

O sucesso é tamanho, que os empreendedores já buscam com a prefeitura o melhor local para a instalação definitiva da escultura que caiu nas graças dos moradores. A ideia é levar para a praça do bairro — que, aliás, também vai receber melhorias executadas pelos incorporadores.
Tempos de novos relacionamentos entre os empreendimentos imobiliários e seus vizinhos
Os dois exemplos marcam novos tempos de relacionamento entre a população e as construções que deixam melhorias no local onde fincam suas raízes — muitas vezes substituindo, como no caso do Bairro de Fátima, uma casa antiga, vazia e abandonada há dez anos.
Que tragam melhorias — gestos de gentileza — para as pessoas que, afinal, já habitavam a localidade antes da chegada dos novos empreendimentos imobiliários.