O Tribunal de Justiça do RJ, condenou, nesta quinta-feira (2) o ex-secretário estadual de Saúde Edmar Santos e o ex-subsecretário Gabriell Neves, por superfaturamento na compra de insumos, durante pandemia de Covid-19, causando prejuízo de R$ 5,6 milhões ao governo. Eles também tiveram os direitos políticos suspensos por oito anos. Os dois ainda podem recorrer da decisão.
Eles foram condenados pelo juiz Daniel Calafate Brito ao pagamento de multa de R$ 11,7 milhões, que corresponde ao dobro do prejuízo causado ao erário, de R$ 5,6 milhões. Segundo as investigações, o valor poderia ter chegado a R$ 65 milhões se as demais operações não tivessem sido canceladas.
Edmar Santos era um dos principais responsáveis pelas ações de combate à pandemia no Rio. Enquanto o número de casos explodia e a população sofria com a falta de leitos, o secretário de saúde foi acusado pelo Ministério Público de superfaturar a compra de medicamentos, testes rápidos e respiradores.
A defesa de Edmar Santos rechaçou integralmente os termos da sentença e disse que vai apresentar recurso. Já a defesa de Gabriel Neves disse que não existem provas no processo para condenação dele.
Os dois ocuparam cargos na administração do ex-governador Wilson Witzel
Exonerado do cargo, Edmar Santos fechou um acordo de delação premiada em 2020, admitiu o desvio de dinheiro público, e disse que o então governador Wilson Witzel também recebia propina.
Meses depois, Witzel sofreu impeachment, mas Edmar continuava na folha de pagamento do estado. Ele é servidor concursado e tem duas matrículas: professor da Uerj e oficial médico da PM.
Com informações do g1.
Taí um exemplo do caminho que o Brasil precisa seguir. A corrupção, sobretudo quando se aproveita da dor e da pobreza do povo, é inaceitável. Toda punição aos corruptos deve ser rigorosa, para que sirva de alerta e exemplo. Só assim construiremos um país mais justo e limpo