O ex-prefeito de Três Rios, Joa Barbaglio (Republicanos), cassado por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não se dá por vencido e entrou com uma reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar barrar as novas eleições no município, marcada para o dia 5 de outubro.
As eleições suplementares foram convocadas após Joa Barbaglio, reeleito em 2024 com 28.632 votos (60,99% do total), ter sua candidatura definitivamente barrada pela Justiça Eleitoral. Em 31 de julho, o TSE confirmou sua inelegibilidade devido à rejeição das contas no período em que presidiu a Câmara de Vereadores.
Ao todo, cinco chapas se prepararam para disputar o comando da cidade até 31 de dezembro de 2028. Um dos candidatos, inclusive, chegou a receber apoio de Barbaglio: Jonas Dico (Podemos), presidente da Câmara do município e que exerce a função de prefeito interino desde agosto, após o afastamento de Joa.
Os advogados do ex-prefeito afirmam que a mudança jurisprudencial que levou à sua cassação ocorreu menos de um ano antes da eleição, violando o princípio da anualidade e surpreendendo candidatos, partidos e o Ministério Público Eleitoral. Segundo eles, alterações nas regras de inelegibilidade deveriam valer apenas para eleições futuras, garantindo segurança jurídica e respeito ao voto popular.
Na reclamação, Barbaglio pede liminar para suspender imediatamente o novo processo eleitoral, alegando risco de prejuízo irreversível ao mandato conferido pelo eleitorado de Três Rios e gastos desnecessários com eleições suplementares. A defesa afirma que o caso é semelhante a decisões recentes do STF, que proibiram a aplicação imediata de mudanças bruscas nas regras eleitorais.