Depois da invasão de criminosos armados, na madrugada de quinta-feira (18), o policiamento foi reforçado no Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. Na manhã desta sexta-feira (19), pelo menos três viaturas da Polícia Militar permaneciam na porta da unidade.
Funcionários do hospital relataram ao Bom Dia Rio, da TV Globo, grande medo e sensação de insegurança após a invasão. Segundo eles, a presença policial é insuficiente, com apenas um policial para toda a unidade, reforçando a percepção de descaso e a falta de segurança no hospital.
Sobre a invasão
O caso ocorreu por volta das 2h30 e causou pânico na unidade, que abrigava cerca de 300 pacientes internados, incluindo oito mulheres em trabalho de parto. Os criminosos foram diretamente ao centro cirúrgico em busca de Lucas Alegado, de 31 anos, vítima de uma emboscada na quarta-feira (17), quando foi atingido por nove tiros. Ele não foi encontrado, pois estava internado em outra ala do hospital.
A Polícia Militar reforçou a segurança e enviou equipes rapidamente, mas os criminosos já haviam fugido. A Polícia Civil investiga a ação, atribuída a um miliciano com mais de 20 registros criminais, incluindo porte ilegal de armas, extorsão e clonagem de veículos, e suspeito de ter cometido o atentado contra o paciente.
Troca de farpas
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, denunciou oficialmente ao secretário estadual de Segurança, Victor Santos, a ocupação do estacionamento do hospital por milicianos, após trocas de farpas entre os dois sobre o ocorrido.
Em coletiva conjunta com os comandantes da Polícia Militar e da Polícia Civil, Santos chamou Soranz de “mentiroso”, em resposta à declaração do secretário de Saúde de que unidades de saúde da prefeitura tiveram o funcionamento suspenso 516 vezes neste ano por motivos de segurança. Soranz rebateu, afirmando que, se Santos não vê as unidades sendo fechadas, é porque “não está vivendo na cidade”.