Uma semana depois do fim do prazo estabelecido no acordo entre o governo do estado e a SuperVia para a transição do novo operador do serviço de trens, o futuro do transporte ferroviário no Rio ainda é incerto. O contrato, com duração de 180 dias — prorrogáveis por mais 90 —, foi assinado em 26 de novembro de 2024 e ultrapassou oficialmente os 270 dias no último sábado (23).
Segundo o acordo, o prazo iria garantir uma transição tranquila, permitindo que uma nova empresa assumisse a operação do sistema. O governo estadual seria responsável pelos aportes necessários ao funcionamento do serviço e, ao final do período, o contrato com a SuperVia seria automaticamente encerrado, sendo transferido para a nova empresa ou assumido temporariamente pelo poder público.

SuperVia continua operando o serviço de trens
No entanto, mesmo após o vencimento, a SuperVia continua operando o transporte. Perguntada sobre o fim do acordo, a concessionária não forneceu detalhes e apenas orientou que os questionamentos fossem feitos à Secretaria de Transportes e Mobilidade Urbana (Setram).
Por sua vez, o governo do estado informou que o grupo de trabalho criado para avaliar e propor medidas necessárias à transição do operador está elaborando os documentos que nortearão o certame. Entretanto, não especificou se houve nova prorrogação do prazo ou se o contrato será automaticamente encerrado com a SuperVia, conforme previsto na negociação de novembro.
‘Os trabalhos estão na fase de estruturação’
“O prazo previsto no acordo, assinado no final de novembro, é de 180 dias, prorrogáveis por mais 90, quando deve ocorrer o certame licitatório. Os trabalhos estão na fase de estruturação das diretrizes técnicas, contratuais e regulatórias, levando em conta a continuidade do serviço aos usuários, a segurança operacional e a sustentabilidade econômico-financeira da futura operação”, declarou a Setram.

A pasta de Transportes também afirmou que, para garantir a continuidade dos serviços prestados à população, “já foram investidos R$ 160 milhões no sistema pelo governo do estado nos últimos meses”. No acordo firmado em novembro, estavam previstos aportes financeiros de R$ 300 milhões, destinados à operação e melhorias do sistema.
Prioridade da nova secretária de Transportes
Cabe destacar que a definição do novo operador de trens foi uma das promessas da secretária de Transportes, Priscila Sakalem, que assumiu a pasta após a conturbada exoneração do antigo secretário, Washington Reis (MDB), em 3 de julho. Atualmente, o estado conta com uma malha ferroviária de 270 km, atendendo 11 municípios.
A melhor solução para efetividade desse modal de transporte de massa que beneficie a mobilidade urbana da RMRJ, o bem estar da população rica ou pobre, a urbanização e garanta o sucesso do operador é fazer a conversão total ou parcial dos ramais de trem em metrô. A conversão viria com trechos subterrâneos em perímetros de centros municipais e cores de bairros importantes da capital e região metropolitana. Haveria tbm pequenos trechos elevados para trazer mais opções viárias de conexão como ocorre na linha 2 do metrô.
Os benefícios para o sistema de transporte da RMRJ seria na tarifa e conexões diretas utilizando apenas o metrô entre boa parte da Baixada e a zona sul da capital, por exemplo. Logo muito mais mobilidade, rapidez e conforto.
Para a segurança seria ótimo, pois a reforma das estações da superfície e as estações que se tornariam subterrâneas como a do Jacarezinho, dariam mais segurança contra confrontos armados e o serviço não seria interrompido facilmente.
Os benefícios para a urbanização seria a abertura de espaço na superfície para novas conexões viárias acabando com dependências de viadutos, duplicações de vias, calçadas e calçadões, espaço para implantação de VLTs locais, novos espaços para lazer e convivência revitalizando áreas mortas do core comercial. Seria uma grande requalificação urbana de Centros municipais e bairros importantes como Méier, Madureira, Marechal Hermes, Campo Grande, Penha, Bangu, Nilópolis, São João de Meriti, Coelho da Rocha, Mesquita, Nova Iguaçú e outros.
E por fim, seria um boom de usuários no sistema trazendo rendimentos altos ao operador mesmo que o modelo de concessão mude para o recebimento da passagem via estado mediante cumprimento de metas como o modelo do BRT.
Prioritariamente, os ramais Japeri e Santa Cruz receberiam as conversões em metrô da seguinte forma:
O Santa Cruz seria convertido totalmente, ampliado até Itaguaí numa ponta, e redirecionado e ampliado até Duque de Caxias ou Mercado São Sebastião para fazer uma conexão transversal com todos os atuais ramais e a linha 2 do metrô atual, além do BRT. E ainda seria dividido em duas linhas metroviárias, Itaguaí x Campo Grande e Campo Grande x Duque de Caxias ou Variante( BR040), ou Mercado São Sebastião.
Trechos subterrâneos (Centro de Itaguaí, core de Santa Cruz, core de Paciência, core de Inhoaíba, Core de Campo Grande, core de Bangu, de Deodoro a parada final)
O Japeri seria convertido em metrô da Central até Comendador Soares.
Trechos subterrâneos (Core do Méier, core de Madureira, core de Marechal Hermes, Centro de Nilópolis, Centro de Mesquita, da fronteira Mesquita – Nova Iguaçu até Comendador Soares ganhando 3 estações novas subterrâneas, Caonze, Rodoviária e Santa Eugênia, além da atual que seria mantida, porém iria para debaixo da terra.
Trechos elevados (pequeno trecho para conexão viária em Piedade e da mesma forma em Anchieta) acabando com os engarrafamentos neste último.
No ramal Belford Roxo haveria conversão total e os trechos subterrâneos (Jacarezinho, Costa Barros, do core da Pavuna até a Rodoviária no centro de S. J. de Meriti e no core do Coelho da Rocha) acabariam com as paralisações por tiroteios, acabaria com as cancelas e traria a grande sonhada conexão para Coelho da Rocha desafogaria o trânsito no bairro vizinho Agostinho Porto.
O de Saracuruna seria metrô até Saracuruna.
Trechos subterrâneos (Manguinhos, Penha e Centro de Duque de Caxias).
Os usuários que moram acima de Comendador Soares e Nova Iguaçú teriam abatimento na tarifa na troca do trem pelo metrô.