O Ministério Público do Rio (MPRJ) pediu, e o juízo da Auditoria da Justiça Militar acatou, nesta quinta-feira (15), que o cabo da PM Eduardo Gomes dos Reis responda por homicídio doloso (quando há intenção de matar) por ter atirado à queima roupa com um fuzil no morador da Maré Jefferson de Araújo Costa. Pela decisão, ele será julgado pela justiça comum e pode ir à júri popular.
O policial, que havia dito que o disparo foi acidental, foi autuado por homicídio culposo inicialmente. Mas, durante a audiência de custódia, a promotoria sustentou que as imagens mostravam indícios de que o policial teve a intenção de matar.
Nas imagens gravadas por moradores, foi possível ver que o PM usou o fuzil para bater em Jefferson, que participava de um protesto. Segundo depois, ouve-se um disparo e o jovem corre sangrando. Ele foi baleado na barriga, chegou a ser levado por moradores para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, mas já chegou morto na unidade.
Imagens divulgadas pelo RJTV2 revelaram que, após atingir a barriga de Jefferson, o PM continuou agressivo e ainda xingou a vítima: “Mete aí, p…Tomar no c…, p….”. Depois, o militar saiu andando e foi embora com os demais, sem prestar socorro.
O secretário da Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Marinho Pires, chegou a classificar a abordagem como “equivocada”, mas defendeu que não houve intenção de matar.
Com informações da TV Globo