A família da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, informou, nesta segunda-feira (23), que as buscas por ela foram novamente interrompidas no Monte Rinjani, na Indonésia, três dias depois de sua queda durante uma trilha no vulcão local. Segundo os parentes, a jovem, natural de Niterói, chegou a ser localizada, mas ainda não há informações concretas sobre seu estado de saúde.
“Às 16h, no horário local [5h em Brasília], o resgate foi interrompido devido às condições climáticas. Mas, antes disso, já haviam informado que as buscas seriam suspensas ao entardecer, pois não operam durante a noite”, publicou o perfil @resgatejulianamarins, criado pela família para divulgar atualizações oficiais.
Faltavam 350 metros para chegar até ela, diz família
Juliana foi vista por um drone a aproximadamente 600 metros abaixo da trilha. De acordo com a família, neste domingo (22), a equipe de resgate conseguiu descer apenas 250 metros antes de recuar, restando cerca de 350 metros até o local onde ela está.
“Mais um dia sem resgate! Juliana vai passar mais uma noite sem ajuda por negligência!”, escreveu o perfil.
Sua última aparição foi por volta das 17h30 de sábado (21), no horário local, após escorregar e cair cerca de 300 metros durante o segundo dia da trilha. Ela estava com um grupo de cinco pessoas e um guia, que seguiu sozinho em direção ao cume depois que Juliana disse estar cansada.
Operação de resgate tem sido alvo de críticas
A operação tem sido alvo de críticas por sua lentidão e pela falta de estrutura e organização. A irmã de Juliana, Mariana Marins, afirmou que o parque permanece aberto a turistas mesmo depois do acidente, e criticou o fato de as autoridades locais não estarem preparadas, apesar das condições climáticas desfavoráveis serem comuns nesta época do ano.
Neste domingo, a família também desmentiu informações divulgadas por autoridades indonésias e até pela Embaixada do Brasil em Jacarta, que afirmavam que Juliana havia recebido água, comida e agasalho. Segundo Mariana, o grupo de resgate sequer conseguiu chegar ao ponto onde a jovem está, por falta de cordas adequadas e baixa visibilidade.
Sobre Juliana Marins
Natural de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, Juliana é formada em Publicidade pela Universidade Federal do Rio (UFRJ) e também atua como dançarina de pole dance. Desde fevereiro, fazia um mochilão pela Ásia, com passagens por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.