A temperatura esteve alta nos primeiros quatro meses de 2025 para o mercado imobiliário carioca. Puxando o aquecimento, houve um crescimento expressivo no volume de studios lançados no primeiro quadrimestre — e as unidades compactas representaram 40,2% de todos os lançamentos na cidade.
Pode-se dizer que morar nestes imóveis menores, em regiões com grande oferta de transporte (olha a mobilidade aí, gente!) e feitos na medida para uma pessoa só é uma tendência carioca. Só para comparar, em São Paulo, nesses mesmos quatro meses, as unidades compactas corresponderam a 31% do total.
Outro destaque no Rio foram os imóveis de luxo — segmento que cresceu 46%. O impacto das unidades de alto padrão no mercado imobiliário é compatível com o poder aquisitivo de quem compra: os imóveis de luxo representaram 46,3% dos R$ 3,2 bilhões em imóveis lançados neste começo de 2025.
No total, houve um aumento de 11,5% no volume de lançamentos em relação a 2024.
Os dados são do Sindicato da Construção Civil (Sinduscon Rio) e da Brain Inteligência Estratégica.
Centro e Porto na mira dos lançamentos imobiliários
O Centro e a Região Portuária continuam em destaque — e em ascensão. Lá ficaram, nesses primeiros quatro meses de 2025, 36% das unidades lançadas no Rio, contra 22% no mesmo período do ano passado.
Vendas em ascensão
O crescimento no mercado imobiliário não foi registrado só em lançamentos. Nas vendas, o aumento foi de 8,6% — e, de novo, os compactos são a inovação no mercado, com 27,8% das unidades vendidas. O que já não é novidade é o “Minha Casa Minha Vida”: o programa federal representou 48,6% do total. Em São Paulo, os compactos representaram 30,9% das vendas; e o “Minha Casa Minha Vida”, 41,2%.
No volume total de vendas, houve um aumento de 24,2% no comparativo com os quatro primeiros meses de 2024, chegando a R$ 3,7 bilhões.
Fim do estoque em sete meses
Com isso, houve uma redução de 15,2% no estoque de unidades na cidade do Rio, chegando a apenas sete meses de reserva. O que significa dizer que, se as incorporadoras pararem de lançar novas unidades — e mantiverem a atual velocidade de vendas — em sete meses acabam os imóveis disponíveis na capital.
A quem interessar possa: no estoque, 61,7% são unidades de dois quartos.