Principal alvo dos mandados de busca e apreensão numa investigação da Polícia Civil sobre um furto num apart-hotel em Niterói, na manhã desta terça-feira (13), o empresário Alexandre Ceotto André já foi subsecretário de Desenvolvimento Econômico do Rio e diretor do Instituto Rio Metrópole (IRM). Exonerado do último cargo público em novembro de 2023, tentou ser candidato a vereador em Niterói pelo Novo no ano passado — mas, barrado na convenção do partido, não conseguiu legenda. Antes, em 2020, já havia sido o vice na chapa de Deuler da Rocha (PSL), na disputa pela Prefeitura de Niterói.
No perfil no Facebook — que atualizou até o último dia 4 de fevereiro — Ceotto se apresenta como “administrador, empreendedor, diretor do IRM, e ex-subsecretário de Desenvolvimento Econômico RJ”. No Instagram, ele avisou, em fevereiro, que estava “de férias da política”, mas que voltaria para “colocar os ‘pingos nos is’ e mostrar quem é quem de verdade”.
Bolsonarista de carteirinha, no ano passado era considerado um expoente da direita em Niterói. Chegou a ser ventilado como o futuro puxador de legenda do partido Novo nas eleições para vereador. Mas, na hora H, teve no nome vetado em convenção do próprio partido. Atribuiu a manobra ao ex-aliado Carlos Jordy (PL), e passou a ser um feroz adversário do deputado federal.

Nas redes sociais, Ceotto, publicou uma foto empunhando uma arma e prometendo “chumbo grosso” contra Jordy, apelidado por ele de “mini lacrador.
“Aguardem as cenas dos próximos capítulos. Aceito a honra de mostrar algumas verdades, mas farei isso de frente, agindo como um homem”, fuzilou.
Ceotto foi apontado como o autor intelectual do furto
Ceotto é apontado pela polícia como o responsável intelectual pelo furto num apart-hotel, no bairro do Gragoatá, no dia 7 de fevereiro. Câmeras de segurança do prédio flagraram um homem — que segundo a polícia, seria o advogado criminalista Luís Maurício Martins Galda — vestindo terno, luvas e uma máscara de silicone que imitava o rosto de um homem calvo. O ladrão circulou em áreas de acesso exclusivo dos funcionários, seguiu até um apartamento e arrombou a porta. Toda a ação durou cerca de 18 minutos.
Na semana passada, a polícia cumpriu um manda do na casa do advogado e ele apontou o empresário como autor intelectual da ação. Galda também disse à polícia que esperavam encontrar U$ 1 milhão no apartamento, mas acabaram levando dez relógios. As investigações mostraram que a planta do imóvel e a rotina do morador foi indicada por Ceotto. Os policiais estiveram hoje na casa da mãe de empresário e no prédio onde ele mora. Foram apreendidos computadores e telefones celulares.
