Moradores de Queimados, na Baixada Fluminense, denunciam uma crise na coleta de lixo do município. Segundo relatos, os resíduos se acumulam por dias seguidos nas calçadas, vias públicas e terrenos baldios. Além da sensação de abandono, há também uma preocupação entre os moradores com a proliferação de vetores de doenças como dengue, zika e chikungunya.
A situação é um sintoma de um imbróglio entre a gestão do prefeito Glauco Kaizer (Solidariedade) e a atual prestadora de serviço. A dívida da prefeitura com a empresa responsável pela recepção e tratamento de resíduos sólidos já estaria na casa dos R$ 5 milhões.
A Concessionária Centro Sul, que gere o Centro de Tratamento de Paracambi, onde são destinados os resíduos do município, não estaria recebendo os pagamentos há 20 meses. O aterro atende ainda os municípios de Paracambi, Japeri, Paulo de Frontin e Mendes.
Problema crônico

As dificuldades com coleta de lixo são problemas crônicos entre os municípios da Baixada Fluminense. Em março, a Prefeitura de Itaguaí criou uma força-tarefa para executar ações de remoção e limpeza nas ruas da cidade. Segundo a administração municipal, a operação se fez necessária em virtude das deficiências na prestação de serviço da empresa Plural, contratada para a coleta de lixo.
De acordo com a prefeitura, a Plural deixou de executar a coleta de lixo no município com a regularidade necessária. Em determinados bairros, o serviço deixou de acontecer por três dias e passou a ser em dois. Em outros, houve interrupção da coleta, e, quando voltava a acontecer, era de modo parcial. A interrupção se deu mesmo com os pagamentos em dia.
Procurada pelo TEMPO REAL, a Prefeitura de Queimados, até o fechamento desta matéria, não se manifestou sobre o caso. O espaço segue aberto.