Antes das acaloradas discussões sobre projetos de lei, a Câmara de Vereadores do Rio foi palco de um debate sobre… moda. Isto porque Talita Galhardo (PSDB) foi à tribuna do Palácio Pedro Ernesto para criticar a vestimenta de algumas colegas.
Para a parlamentar, o fato de não haver um código de vestimenta específico para as parlamentares mulheres — homens precisam estar de terno e gravata — não é motivo para irem “com blusa de time de futebol”. Ou seja, não combina com a passarela do Palácio Pedro Ernesto.
“As mulheres têm que vir aqui, mesmo que sejam de esquerda ou de direita, respeitando o cargo, respeitando a casa. As mulheres, apesar de não precisarem ter a regra do terno gravata, têm que vir aqui com certa postura para não dar margem para os homens falarem que estamos ‘esculhambando'”, disse.
Possivelmente, Galhardo estava se referindo a Thais Ferreira (PSOL), que compareceu à sessão plenária de 15 de março usando uma camisa do Flamengo. Mas quem “tomou as dores” foi a botafoguense Rosa Fernandes (PSD), que afirmou não ver problema em uma parlamentar usar blusa de time de forma “simbólica”.

“Não vejo exageros aqui. Elas [as vereadoras], de um modo geral, se vestem de forma coerente, respeitosa. Posso até estar enganada. Se o Botafogo ganhar, para eu comemorar, de repente até coloco a camisa, simbolicamente. Mas não é a forma com que a gente se veste de maneira usual”, disse a veterana. E ironizou: “Talita, você está sempre tão bem vestida. Um dia vou nesse shopping onde você compra”.
Alerj também já teve discussão sobre vestimentas
Em 2019, discussão parecida aconteceu na Assembleia Legislativa (Alerj). Na época, Alexandre Knoploch (PL) criticou as roupas usadas por Dani Monteiro (PSOL). A fala gerou polêmica e outras parlamentares mulheres saíram em defesa da psolista.
Talita está certa…..
Bola fora da vereadora Thaís Ferreira. A imparcialidade é o prefeito daquele que está em exercício público. Até mesmo na temática esportiva.