O Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE) escolheu nesta quarta-feira (26) seu novo presidente. O desembargador Peterson Barroso Simão, candidato único, foi aclamado o novo chefe da Corte. O atual presidente, Henrique Andrade Figueira, deixa o TRE e retorna ao Tribunal de Justiça (TJRJ).
Cláudio de Mello Tavares, ex-presidente do Tribunal de Justiça e eleito para integrar o TRE em novembro do ano passado, será o novo vice-presidente e corregedor. É uma tradição no tribunal o vice acumular as duas funções.
Em seu discurso, o novo presidente destacou que o voto consciente do cidadão é capaz de transformar a sociedade, através da escolha de bons representantes políticos. E também reafirmou a importância de uma Justiça Eleitoral mais próxima e presente dos eleitores.
“O povo brasileiro de quem emana todo o poder, precisa extinguir a camada que possui de analfabetismo crônico, de origem ou funcional. Com desconhecimento do magnífico sentido do voto. É preciso que todos vivam na importante materialização do estado de cidadania”, disse Peterson Barroso.
Durante a cerimônia de posse, o advogado eleitoral Eduardo Damian também foi convidado para falar em nome da advocacia fluminense.
Peterson Barroso relatou caso de Cláudio Castro no TRE
Barroso formou-se em Direito pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 1981. Foi defensor público do Estado do Rio por 10 anos, no período de 1982 a 1992, trabalhando nas comarcas da Capital, Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. Foi também presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de Itaboraí, em 1986-1987.
Ingressou na magistratura em 1992, atuando nas comarcas de Petrópolis, Nilópolis, Cachoeiras de Macacu, Resende, Teresópolis e Niterói. Na Justiça Eleitoral, foi juiz da 114ª e 142ª Zonas Eleitorais por cerca de 10 anos, sendo inclusive incumbido do registro de candidatos.
O desembargador tomou posse como vice-presidente e corregedor do TRE em dezembro de 2023. Em maio de 2024, seu momento de maior destaque na corte foi a relatoria do processo que pedia a cassação do governador Cláudio Castro (PL), do vice Thiago Pampolha (MDB) e do presidente da Assembleia Legislativa (Alerj), Rodrigo Bacellar (União). Apesar de ter votado pela cassação, acabou vencido e a corte absolveu os políticos, pelo placar de 4 a 3.