A cidade do Rio de Janeiro entrou, na última segunda-feira (17), no nível 4 de calor. Segundo o sistema de medição do Centro de Operações Rio (COR), o nível indica calor extremo, com temperaturas atingindo entre 40°C e 44°C. O que oferece risco para a saúde da população, e demanda medidas emergenciais de prevenção e adaptação.
A onda de calor afeta também municípios da Região Metropolitana. Niterói alcançou o posto de cidade mais quente neste início de semana, e segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), na última segunda-feira (17), a cidade chegou aos 42,2ºC. A Secretaria estadual de Saúde do Rio emitiu um alerta de calor intenso, também na segunda-feira, para 17 municípios fluminenses.
Em coletiva de imprensa realizada no último domingo (16), o prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD), já havia antecipado a possibilidade desta penúltima semana de fevereiro ser mais quente do que o normal. O nível 4 de calor, também indica um protocolo a ser seguido, que estabelece regras, inclusive, para a realização de eventos na cidade.
Paes ainda afirmou que não há previsão de suspensão dos blocos de rua durante o carnaval. No entanto, destacou que, embora não queira restringir a diversão, é essencial que cuidados com a saúde sejam tomados devido ao intenso calor previsto para os próximos dias.
A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, por sua vez, divulgou nota nas redes sociais nesta terça-feira (18), e em razão da situação climática, anunciou a necessidade de reajuste nos horários das partidas. A nova orientação estabelece que todos os jogos do Campeonato Carioca deverão ser realizados após as 18h.
Ações mais efetivas
Nesta segunda-feira (18), a vereadora do Rio Thais Ferreira (PSOL) encaminhou ofício ao prefeito Eduardo Paes, pedindo uma ampliação nas medidas emergenciais, sobretudo, para diminuir os efeitos do calor nos servidores municipais.
O ofício da vereadora solicita a redução da carga horária ou readequação dos horários de trabalho, priorizando períodos de menor incidência de calor; fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados, como roupas leves e bonés, além da garantia de acesso contínuo à água potável.
O documento ainda pede a definição de diretrizes nítidas e formalizadas sobre a atuação dos trabalhadores durante períodos de calor extremo, com respaldo oficial por meio de nota técnica ou portaria municipal e a disponibilização de transporte ou auxílio para deslocamento adequado dos profissionais que realizam visitas domiciliares em áreas de difícil acesso.