O governador Cláudio Castro (PL) compareceu, como de praxe, na abertura do ano legislativo, nesta terça-feira (4). A sessão solene, na Assembleia, aconteceu um dia após a eleição, por inédita unanimidade, de Rodrigo Bacellar (União) para seguir na presidência da casa no próximo biênio.
Ainda que fuja do assunto, Bacellar, um dos principais aliados do governador, é o apontado para suceder Castro no governo do estado. E já fala como tal. No seu discurso, entre todos os temas caros aos fluminenses — e à Alerj —, a questão da segurança pública ficou em destaque.
Bacellar relembrou quando foi secretário estadual de Governo, e ressaltou o programa Segurança Presente. No entanto, reconheceu que os esforços atuais ainda “não bastam”. Além de convocar um esforço conjunto com o judiciário e o Ministério Público: “um pacto de todos os poderes”, disse.
“Para enfrentar o crime organizado é necessário que o estado ocupe os espaços públicos” disse, ressaltando que sua eleição unânime indica “maturidade em perceber que o estado precisa que as decisões sejam tomadas em conjunto” .
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Além de parabenizar Bacellar pela vitória, o governador usou o espaço para reconhecer que o estado enfrenta um “crime cada vez mais organizado”. E pediu a “ajuda” do presidente da casa, sem deixar de alfinetar o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD). Assim como Bacellar, Paes também desponta como um possível candidato a governador em 2026.
Em sua fala, Castro chamou atenção para o julgamento da decisão do Supremo Tribunal Federal, em resposta a uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), que deve ocorrer amanhã. Em indireta a Paes , que recentemente, deu declarações sobre o assunto enquanto cumpria agenda em Brasília, o governador disse que mesmo que “alguns prefeitos tenham tomado conhecimento apenas agora sobre a ADPF”, a medida já é criticada por ele há muito mais tempo.