O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT) teve, nesta quinta-feira (23), teve uma conversa decisiva com o novo diretor-presidente da Enel no Rio, Francesco Moliterni, sobre os constantes apagões que têm atingido a localidade. A empresa, por sua vez, prometeu voltar com sua base operacional para a cidade.
Em 2021, a empresa deixou o prédio que ocupava, na Região Central de Niterói, e se mudou para o Porto Maravilha, no Rio, cidade que é atendida por outra concessionária: a Light. Segundo Neves, Moliterni afirmou que o retorno da sede da Enel ao município deverá acontecer até o meio deste ano.
Além disso, a prefeitura pressionou a empresa, que se comprometeu a instalar, a partir desta sexta-feira (23), uma equipe permanente no Centro de Comando da Defesa Civil de Niterói. O objetivo é garantir que, em momentos críticos, a resposta seja mais rápida e eficiente para os casos de falta de energia.
Rodrigo Neves ouviu as promerras e deixou claro que a pressão sobre a empresa vai continuar, porque, “no fim das contas, quem paga a conta, literalmente, é o cidadão”, disse.
Cadê a luz?
Nos últimos anos, a Enel virou a grande vilã dos consumidores em Niterói e cidades vizinhas por conta das constantes quedas de energia. Tal situação provocou inclusive a realização de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Câmara de Vereadores.
Na última terça-feira (21), houve diversos protestos na cidade por conta de apagões. Os atos aconteceram nas estradas da Garganta, da Cachoeira e Francisco da Cruz Nunes. Moradores chegaram a fechar as vias ateando fogo em entulho. Eles relatavam casos de falta de energia desde o fim de semana.
Além disso, em novembro do ano passado, um apagão ainda maior atingiu, além de Niterói, os município de São Gonçalo e Maricá, cuja energia também é distribuída pela Enel. Na ocasião, a empresa responsabilizou uma ocorrência com origem na subestação da distribuidora em Alcântara, São Gonçalo.