Atualização: 8 de janeiro, às 18:20.
O Museu Antônio Parreiras, no Ingá, em Niterói, será reinaugurado no dia 16 de janeiro, após passar 10 anos fechado para restauração. As intervenções contaram com uma obra de restauro completa no edifício principal, que agora está pronto para voltar a receber exposições para o público.
Inaugurado em 1942, o Museu Antônio Parreiras foi o primeiro Museu de Arte do Estado do Rio de Janeiro e o primeiro dedicado à memória de um só artista. Atualmente, o equipamento cultural, além de emprestar diversos quadros importantes para outras casas culturais, abriga obras, documentos, livros e objetos que pertenciam a Antônio Parreiras, além de duas outras coleções: de arte brasileira do século XIX e início do século XX, e de arte estrangeira dos séculos XVII ao XIX.
A primeira fase das obras teve foco no edifício principal do museu, que também é composto por outros dois prédios, incluindo o ateliê e a Vila Olga, onde se encontra o acervo técnico, que também vão passar por reformas na segunda etapa. A revitalização do local foi supervisionada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e também teve um foco nos icônicos jardins no estilo romântico do local, que foram planejados pelo próprio Antônio Parreiras.
Durante as obras, as telhas foram retiradas e lavadas uma a uma e o piso foi recuperado e recolocado na mesma disposição. Além disso, houve a necessidade da utilização de uma tinta mineral específica para o tipo de argamassa utilizada e de uma especialista em prospecção para manter o museu na sua cor original. A revitalização contou com investimento de R$2,4 milhões, por meio do programa Acelera Funarj.
Nova exposição
A reabertura do museu também vai marcar o início da exposição “Antônio Parreiras Memórias & Histórias”, que vai ficar disponível no edifício principal recém restaurado. A mostra contou com a curadoria de Dora Silveira e vai durar até o dia 13 de abril, com visitação gratuita de quarta-feira a domingo, das 12h às 17h.
A exposição apresenta uma seleção significativa de desenhos e pinturas do acervo, revelando a extraordinária trajetória do artista. A narrativa é baseada em sua autobiografia “História de um pintor contada por ele mesmo”, publicada originalmente em 1926, com edições posteriores em 1936 e 1987.