O deputado estadual e candidato derrotado à Prefeitura do Rio, Rodrigo Amorim (União), entrou com Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) pedindo a cassação do diploma e a inelegibilidade do prefeito reeleito do Rio, Eduardo Paes, e do vice, Eduardo Cavaliere, ambos do PSD, nesta terça-feira (17). O parlamentar acusa o alcaide de abuso de poder político e econômico por conta de eventos patrocinados pela prefeitura durante o período eleitoral.
Na ação, o primeiro citado é o patrocínio de R$ 1,6 milhão, liberado no dia 22 de agosto de 2024, para a turnê do cantor Zeca Pagodinho. Amorim, representado pelo escritório Tiago Santos Advogados Associados, cita o músico como “amigo de longa data do prefeito, que sempre apoiou publicamente sua candidatura”.
Em seguida a ação cita uma série de eventos destinados ao público evangélico, como convenções da Assembleia de Deus, a gravação do DVD “Três palavrinhas” e o “Festival Tralalá — Hora de ajudar”.
“Fato é que os investigados, em pleno ano eleitoral, promoveram uma verdadeira ‘farra’ com dinheiro público visando à compra de apoio político por via transversa, ou seja, destinaram um valor aproximado de mais de R$ 40 milhões, por meio de patrocínios, sem qualquer critério técnico. E pior, em programa instituído em ano eleitoral sem previsão orçamentária anterior”, diz trecho da Aije.
A ação ainda pede que seja requisitado ao município do Rio a cópia integral do processo administrativo referente contrato de patrocínio para o show da cantora Madonna, realizado na Praia de Copacabana em maio. Ainda segundo a petição, o valor foi de R$ 10 milhões.
Rodrigo Amorim pede que Paes e Cavaliere tenham o diploma ou os registros de candidatura cassados pela Justiça Eleitoral, além de terem decretada a inelegibilidade por oito anos. A ação foi aberta na 125ª Zona Eleitoral do Rio de Janeiro