O prefeito eleito de Maricá, Washington Quaquá (PT), anunciou nesta quarta-feira (13), um conjunto de medidas de reestruturação dos programas sociais do município. Após a operação Escambo, do Ministério Público (MPRJ) em conjunto com a Polícia Civil, revelar o desvio de recursos públicos de programas financiados com a moeda social ‘Mumbuca’.
As medidas anunciadas incluem o fim do Programa de Proteção ao Trabalhador (PPT), renda social criada após a pandemia, além do recadastramento dos beneficiários dos programas sociais do município. Washington Quaquá, que se diz “escandalizado” com a quadrilha que fraudava contas de usuários dos programas do Banco Mumbuca, também anunciou apoio à 82ª DP (Maricá), para ampliar as investigações sobre as fraudes e punir todos os envolvidos no esquema criminoso.
Investigações apontam para um prejuízo de mais de R$ 64 milhões aos cofres públicos
De acordo com as investigações da operação Escambo, os envolvidos desviaram recursos do Banco Mumbuca por meio da criação de contas bancárias fraudulentas, muitas vezes sem o conhecimento dos beneficiários. Posteriormente, os criminosos entravam em contato com comerciantes locais, oferecendo 10% do valor creditado em suas contas para que realizassem a conversão da moeda social em reais. Em seguida, os valores eram transferidos para contas bancárias dos fraudadores.
Os alvos da investigação são comerciantes de Maricá e pessoas físicas envolvidas diretamente no esquema, investigados pelos crimes de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. O ex-candidato do PL a prefeito de Maricá, Fabinho Sapo, está entre os alvos. As investigações que culminaram na Operação Escambo apontam para um prejuízo de mais de R$ 64 milhões aos cofres públicos.