Ronnie Aguiar Costa, um dos mais fiéis colaboradores do prefeito Eduardo Paes (PSD), voltou à Prefeitura do Rio a tempo de receber um brinde e tanto: R$ 68 mil de abono relativo ao Acordo de Resultados 2023.
Ele havia deixado o cargo de presidente da Riotur em 5 de abril deste ano, no prazo de desincompatibilização para a eleição de outubro. Não para ser candidato, e sim para ajudar Paes na campanha de reeleição.
Passado o pleito, no Diário Oficial de quarta-feira (23), foi renomeado assessor chefe no Apoio Operacional do Gabinete do Prefeito — cinco dias antes de ver cair na conta a gratificação paga aos funcionários municipais que atingiram as metas estipuladas para cada órgão.
Em nota, a Secretaria de Fazenda e Planejamento justificou que “o acordo é relativo a 2023 e o servidor tem matrícula ativa na Prefeitura do Rio e, por isso, é elegível a receber o acordo”.
Sobre a dúvida relacionada ao inciso do decreto 41.904/2016, que trata da perda do direito os exonerados ou demitidos antes da data do pagamento, a pasta esclarece que “o servidor pode receber o acordo se tiver vínculo ativo com a municipalidade, mesmo que tenha sido exonerado anteriormente”.
Acrescenta ainda que decreto prevê que o servidor não perde a vantagem se “mesmo exonerado, mantiver, de alguma forma, seu vínculo com a Administração, sem solução de continuidade”.
Ronnie é parceiro desde os tempos de subprefeitura
O moço é um dos mais antigos parceiros da carreira de Eduardo Paes — está com ele desde os tempos da subprefeitura da Barra e de Jacarepaguá. Do time dos velhos tempos, é o único que nunca teve cargo eletivo — nem ganhou vaga no Tribunal de Contas.
A família do agora assessor-chefe operacional mora em Portugal há anos — e ele tem se dividido entre os dois lados do oceano.