ATUALIZAÇÃO às 16h para inclusão de resposta de Ferreti
A acirrada disputa eleitoral em Angra dos Reis ganhou mais um capítulo nesta sexta-feira (04). O senador Flávio Bolsonaro (PL) informou que está acionando a Polícia Federal para recolher material de campanha do candidato a prefeito Cláudio Ferreti (MDB), que usa indevidamente a foto de Jair Bolsonaro (PL) para sugerir apoio.
Como se sabe, o ex-presidente lançou o empresário Renato Araújo (PL) na disputa para suceder Fernando Jordão (PL) na prefeitura.
“Estão desesperados, já que a pesquisa mostra Renato Araújo liderando. Já estamos em contato com a PF para fazer busca e apreensão e prender as pessoas que estão distribuindo material criminoso. A turma do Ferreti quer enganar o povo, mas não se enganem porque Angra é Bolsonaro, e Bolsonaro é Renato Araújo”, afirmou Flávio.
Segundo o advogado eleitoral Tiago Santos, o uso indevido da imagem incorre no crime descrito no artigo 350 do Código Eleitoral, relativo à falsidade documental para fins eleitorais.
A defesa de Ferreti, por sua vez, explicou que a campanha “Bolsorreti”(Bolsonaro em Brasília, Ferreti em Angra) não fala em apoio formal.
“Inspirada no antigo “Aezão” (voto em Aécio Neves para presidente e Pezão ao governo do RJ) lançado na eleição presidencial de 2014, a campanha de Ferreti lançou uma campanha nas redes chamada “Bolsorreti”(Bolsonaro em Brasília, Ferreti em Angra). Em Brasília apoiamos o Bolsonaro, em Angra somos Ferreti. O panfleto não fala em apoio formal”, diz o advogado André Gomes, da coligação de Ferreti.
Uso de pesquisa suspensa
A campanha de Ferreti, por sua vez, afirma que a pesquisa que aparece no vídeo de Flávio Bolsonaro, indicando que Renato Araújo estaria liderando as intenções de voto, foi suspensa pela Justiça nesta quinta-feira (03).
Decisão do juiz da 147ª Zona Eleitoral, Carlos Manuel de Barros Souto, determinou que a divulgação do levantamento fosse suspensa, sob pena de multa de R$ 5 mil a cada hora decorrida em descumprimento.
A coligação de Ferreti argumentou que a pesquisa feita pela ONG Vida Brasil apresenta diversas irregularidades, como divergências nos percentuais de eleitores masculinos e femininos, bem como a indicação de uma margem de erro dupla, fator que comprometeria a confiabilidade dos resultados.