Antes que entrasse na mira da CPI da Transparência, o subsecretário de Ensino Superior, Pesquisa e Inovação, Edgar Leite Ferreira Neto, foi exonerado do cargo da Secretaria de Ciência e Tecnologia nesta terça-feira (01).
Ele foi alvo do advogado Victor Travancas na reunião do CPI do dia 12 de setembro, quando o subsecretário do Gabinete do Governador revelou que Edgar Leite, também conselheiro da Fundação de Amparo à Pesquisa (Faperj), recebeu recursos da instituição em edital de Apoio às Academias Nacionais Sediadas no Rio de Janeiro.
Presidente da Academia Brasileira de Filosofia (ABF), Edgar Leite foi contemplado no edital com projeto de ampliação da ABF.
“Ele pode não ter participado da votação, mas é antiético. Até porque, para ter o dinheiro da Faperj, ele recebe o recurso no CPF dele como professor pesquisador da associação que ele preside. Pode ser legal, mas envolve a questão da moralidade pública”, critica Travancas.
De acordo com a assessoria da Faperj, “não há nada que impeça que um membro do Conselho Superior da Faperj concorra em editais da agência”. Destaca que o conselho é composto por “expoentes cientistas da comunidade Fluminense” e que os “editais Faperj são públicos e julgados por um comitê de avaliação de especialistas”.
O TEMPO REAL não conseguiu contato com o ex-subsecretário. O espaço permanece aberto para manifestação.