No Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado em 21 de setembro, às vésperas das eleições, não há o que se comemorar.
A sub-representatividade em candidaturas de pessoas com deficiência serve como um alerta importante, garante a pesquisadora da Fiocruz Lais Costa, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.
São quase 462 mil candidaturas, e apenas 4.941 candidatos têm deficiência. Desse total, 56% são de pessoas com deficiência física e só 3% deles são pessoas tetraplégicas.
Para o cargo de prefeito, não chega a 1% do total de candidatos com qualquer tipo de deficiência. O quadro piora quando se olha o gênero. Embora 10% das mulheres brasileiras tenham alguma deficiência, apenas 0,11% das candidatas são mulheres com deficiência.
Os dados selecionados dão o recado: sem representatividade política, a luta pela inclusão não avança.