O Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) multou diretores da PreviQueimados por aplicarem recursos do regime próprio de Previdência Social (RPPS) em fundos privados de investimento, de maneira irregular, entre os anos de 2012 e 2020. Auditoria realizada pela corte apontou dano de aproximadamente R$ 31 milhões — em valores atualizados, considerando a Ufir-RJ de R$ 4,53.
A auditoria analisou aplicações realizadas em 15 fundos de investimento, ao longo do período. Segundo o levantamento, foi observada nítida ênfase na iliquidez das carteiras dos fundos selecionados, que culminou nas restrições ou impossibilidades de resgates das cotas investidas pelo PreviQueimados.
Em decisão assinada pelo conselheiro substituto Marcelo Verdini Maia, o tribunal multou três dirigentes do PreviQueimados durante os períodos dos fatos. São eles o presidente, Robson Silva de Souza (R$ 22,5 mil); o financeiro, Fabio Martins Patitucci ($ 9 mil); e o também presidente, Marcelo da Silva Fernandes (R$ 9 mil). Na ocasião dos investimentos questionados, os prefeitos eram Max Lemos — hoje candidato a comandar a cidade mais uma vez — e seu sucessor, Carlos Vilela.
Além disso, o TCE citou os gestores do PreviQueimados e os administradores dos fundos de investimentos à época dos fatos para que apresentem razões de defesa ou recolham solidariamente recursos próprios aos cofres públicos municipais para sanar os débitos referentes aos prejuízos. No caso das empresas, a devolução será referente ao saldo do extrato em 31 de dezembro de 2020.
O TEMPO REAL procurou a PreviQueimados, perguntou se a entidade irá se manifestar e aguarda envio de resposta.