ATUALIZAÇÃO às 12h30, com nota enviada por Juliana Ávila, a nova diretora de Licenciamento do Inea
Entidade técnica vinculada à Secretaria do Ambiente e Sustentabilidade, o Inea passou por uma dança das cadeiras e mudanças significativas na estrutura do seu Conselho Diretor nesta terça-feira (17). O órgão máximo do instituto ganhou um novo vice-presidente e teve duas promoções meteóricas, com servidores que tinham menos de dois anos de casa sendo alçados ao cargo de diretor.
A principal mudança ocorreu na Diretoria de Licenciamento, com a ida de José Dias da Silva para a vice-presidência. O lugar dele será ocupado por Juliana Lucia Ávila, uma servidora comissionada que chegou ao instituto há quatro meses. Sua nomeação no Diário Oficial de 6 de maio indica que ela começou como Assistente II, com salário inicial de R$ 3,1 mil líquidos. Já no segundo mês, teve aumento de gratificação e uma bonificação em torno de R$ 11 mil, recebendo mais de R$ 14 mil líquidos.
A diretoria que Juliana vai assumir é responsável por conduzir os licenciamentos ambientais, inclusive para grandes empresas, indústrias e empreendimentos. Também compete à Diretoria as demais decisões relativas à política ambiental, entre concessões e extinções de autorização do uso de rios, por exemplo.
O mesmo Diário Oficial que trouxe a promoção de Juliana Lucia exonerou a engenheira florestal Julia Kishida Bochner do cargo de diretora de Biodiversidade, Áreas Protegidas e Ecossistemas (Dirbape). Concursada do Inea desde 2009, Julia já atuou como gerente do serviço florestal, foi coordenadora de mecanismos de proteção à biodiversidade, sendo promovida e assumindo diretorias adjuntas. Passou pela assessoria técnica da presidência até se tornar diretora.
A profissional de carreira havia sobrevivido a pelo menos sete secretários estaduais, mas não resistiu à chefia de Bernardo Rossi — que assumiu a pasta em março deste ano. Ele substituiu o vice-governador Thiago Pampolha (MDB), exonerado por Cláudio Castro (PL) em meio a uma crise política, que mantém os dois afastados até hoje. Rossi ocupou anteriormente a Secretaria de Governo e é um dos secretários mais próximos do governador, com presença constante em agendas, ainda que não tenham a ver com Ambiente.
Completando a mudança no órgão máximo do Inea, Julia Bochner foi substituída por Cleber Ferreira Graça Filho. Graduado em Engenharia Ambiental e com MBA em Gestão de Negócios pela FGV, ele está no Inea há 1 ano e 11 meses. No órgão, foi chefe de Unidade de Conservação e gerente de Fauna. Seu perfil no Linkedin indica ainda que o engenheiro tem experiência em grandes empresas, como Petrobras, além da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e Ministério da Defesa. Atuou também como consultor em Sustentabilidade do Sebrae e da Anel.
A nova diretora de Licenciamento do Inea, Juliana Ávila, enviou uma nota ao TEMPO REAL. Eis a íntegra:
“Gostaria de esclarecer alguns pontos sobre minha trajetória profissional e minha nomeação como diretora da Diretoria de Licenciamento Ambiental do Inea.
Atuei no Inea entre 2019 e 2020 como assessora do gabinete da Diretoria de Licenciamento Ambiental, onde pude acompanhar de perto as demandas e desafios dessa área estratégica. Em 2021, saí do Inea para trabalhar na Secretaria de Habitação da cidade do Rio de Janeiro na gestão Eduardo Paes. Já em 2022, fui nomeada chefe de gabinete do vice-prefeito, assumindo também a chefia do gabinete da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, onde tive a honra de montar equipes e criar a Subsecretaria do Clima.
Além da minha experiência no serviço público, sou jornalista e Gestora Publica.
Na área da comunicação, fui diretora do emblemático jornal O “Peru Molhado”, em Búzios, onde sempre tratei a pauta ambiental da Região dos Lagos como prioridade. Com cerca de 10 anos de experiência no serviço público, sempre estive à frente de causas ambientais e animais, sendo vegetariana há mais de 20 anos. Meu ativismo começou desde cedo, quando, aos 9 anos, organizei o primeiro protesto contra a construção do primeiro resort em Trancoso, na Bahia, onde cresci.
Essa trajetória reflete meu profundo comprometimento com as pautas ambientais, e estou preparada para assumir os desafios da Diretoria de Licenciamento Ambiental do Inea, mantendo o foco em uma gestão sustentável e comprometida”.
Gestão catastrófica do governador que insiste na política barata de varejo desconsiderando competências técnicas para cargos chave no meio ambiente.
Estamos com sérios problemas ambientais, não só no estado do Rio, mas em todo o país. Espero muitíssimo que a preservação ambiental prevaleça sobre a especulação imobiliária e a ganância dos que se acham mais importantes do que a natureza.
Berenice por favor não entre nessa… a gestão do Thiago foi desastrosa pro nosso meio ambiente. As pessoas não estão prestando atenção no que está acontecendo no inea.. houve uma verdadeira banca de negócios lá dentro nos últimos 4 anos. O casos que já vieram a tona é só a ponta do iceberg. Antes sangue novo do que os mesmos ladroes de sempre.
Como se o diretor antigo da dilam fosse expert em licenciamento. Como se a gestão passada fosse digna de comentários e comparações positivas. Se fala isso quem não vivenciou o inea nos últimos anos.
Engraçado, essa moça esqueceu de dizer que todas estas nomeações foram políticas, nunca técnicas, já que não tem nenhuma formação concreta na área ambiental. Ser “vegetariana há mais de 20 anos” e “ativista desde os 9 anos” não a capacitam tecnicamente para lidar com questões importantes relativas a estudos das áreas biológicas e de engenharias, fundamentais para uma adequada gestão de uma diretoria de licenciamento ambiental.