A Justiça Eleitoral determinou, nesta terça-feira (17), que Alexandre Ramagem (PL) suspenda a veiculação da propaganda eleitoral em que associa o prefeito Eduardo Paes (PSD) ao deputado federal Chiquinho Brazão e ao assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).
No vídeo, Ramagem tenta vincular Paes ao crime porque Chiquinho Brazão foi secretário especial de Ação Comunitária na atual gestão.
O juiz eleitoral Leonardo Grandmasson Chaves, da 238ª Zona Eleitoral, atendeu à representação do escritório Damian Advogados e ordenou que a peça não seja mais veiculada por trazer mensagem “descontextualizada e inverídica, evidenciando sua irregularidade”.
Nas redes sociais, o prefeito já tinha comentado a propaganda, afirmando que Ramagem agiu de forma baixa e irresponsável”, ao tentar associá-lo ao assassinato da vereadora. “Fazer isso é ultrapassar os limites da política e não respeitar a dor do outro”, disse Paes, relembrando que Ramagem é afilhado do governador Cláudio Castro.
No vídeo, Paes afirma que “demitiu sumariamente” Chiquinho Brazão assim que tomou conhecimento do suposto envolvimento do político no assassinato. No entanto, a exoneração de Chiquinho, publicada no Diário Oficial de 1° de fevereiro, indica que o secretário pediu para sair.
Sem associação a Sérgio Cabral
Paes já tinha ganhado também direito de resposta no programa de Ramagem por conta das inserções que associaram o prefeito à figura do ex-governador Sergio Cabral Filho, usando-a expressão “turma do Paes”. A propaganda também foi suspensa.
Em 2020, Paes fez um bombardeio associando Marta Rocha ao crime organizado.