Pontualmente às 13h desta sexta-feira (30), entrou no ar o primeiro horário eleitoral gratuito da corrida para a Prefeitura do Rio. Os candidatos apostaram em diferentes estratégias em suas primeiras aparições na TV — fora as inserções na programação —, na campanha deste ano.
Tarcísio Motta (PSOL)
O primeiro programa foi o de Tarcísio Motta. O deputado federal optou por fazer uma enfática defesa da educação e afirmar sua identidade como professor.
“Escola precisa de investimentos e não de efeitos especiais. O Rio vai ser a capital brasileira da educação”, afirmou.
Alexandre Ramagem (PL)
Em seguida, entrou no ar o programa de Ramagem. Ele tentou se descolar das figuras poíticas mais conhecidas do estado, sob o lema “um Rio diferente não se faz com os mesmos políticos de sempre”. Reforçou o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e, em uma longa fala, contou parte de sua trajetória, ainda pouco conhecida da maior parte do eleitorado.
“Há 20 anos fui assaltado, resisti e levei um tiro. A partir dali minha vida mudou para sempre. Virei delegado e dediquei minha vida a perseguir bandidos. Com o tempo, aprendi que os piores bandidos usam terno e gravata”, disse.
Rodrigo Amorim (União)
O programa seguinte foi o de Rodrigo Amorim, que reafirmou seu perfil bélico com imagens de arquivo com ataques à esquerda e de confusões durante fiscalizações. Destacou o apoio do presidente da Assembleia Legislativa (Alerj), Rodrigo Bacellar (União), e foi o único a abrir fala para o vice, no caso o deputado Fred Pacheco (Mobiliza).
“O principal problema do Rio é a desordem e a criminalidade. Eu tenho coragem e enfrentei as máfias do Rio”, enfatizou.
Eduardo Paes (PSD)
Na sequência, o prefeito e candidato à reeleição, Eduardo Paes, apresentou um slide de realizações com a narrativa de que assumiu uma cidade destruída após os quatro anos de Marcelo Crivella (Republicanos), resolveu boa parte dos problemas, “mas ainda há muito o que fazer”. Também utilizou imagens de populares elogiando sua gestão.
“Meu amor pelo Rio me motiva a acordar cedo todos os dias. Quando assumi a cidade em 2021, o Rio enfrentava enormes dificuldades. A gente arrumou a casa e colocou as contas no azul. Os empregos voltaram e temos uma das menores taxas de desemprego do país”, disse.
Marcelo Queiroz (PP)
Encerrando o primeiro bloco de programas eleitorais, Marcelo Queiroz disse que “não assumiria um personagem”, mas fincou sua identidade como “pai de pet”, com a bandeira de defesa dos animais. Além disso, também contou parte de sua trajetória.
“Fui eleito deputado e defendo com muito orgulho a causa animal. Não vou fazer uma campanha fake ou assumir um personagem. São propostas para quem ama o rio, os cariocas e os animais”, destacou.
Os demais candidatos não possuem tempo de TV pois seus partidos não atingiram os critérios estabelecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).