O juiz André Ricardo de Franciscis Ramos, da 154ª Zona Eleitoral (Belford Roxo), confirmou a decisão da executiva estadual do MDB e considerou válida a convenção realizada no dia 27 de julho — na qual foi aprovada a nominata de candidatos a vereador no município, mas não o lançamento de candidatura própria à prefeitura.
A convenção foi comandada por Reginaldo Ferreira Gomes, que havia sido deposto dias antes da presidência do diretório municipal — numa decisão monocrática do mandachuva estadual, Washington Reis. Acontece que a executiva estadual do MDB já havia desautorizado Reis, e tornado sem efeito a intervenção no diretório de Belford Roxo. Dos 15 membros da estadual, 11 presentes votaram contra a interferência no comando da cidade da Baixada.
O próprio Washington, e seus irmãos Rosenverg, Gutemberg e Jane, não compareceram à reunião.
Caxias como pano de fundo
Irritado com o lançamento de Celso do Alba, como candidato a prefeito pelo União Brasil em Duque de Caxias, Washington Reis decidiu, no dia 20 de julho, dissolver o diretório do partido em Belford Roxo — onde estava certo que o MDB apoiaria a candidatura de Márcio Canella, do União, a prefeito.
O presidente estadual protestava contra uma falta de reciprocidade do União Brasil, já que a candidatura do presidente da Câmara de Vereadores de Caxias poderia pôr em risco a eleição de seu sobrinho, Netinho Reis, e a hegemonia de décadas da família na maior cidade da Baixada Fluminense. Em retaliação, Washington anunciou a pré-candidatura de Marquinho da Drogaria a prefeito de Belford Roxo, com Serginho Bombeiro de vice.
A articulação solitária acabou desfeita, 12 dias depois, pela executiva estadual.