Após ação popular a título de urgência, a Justiça Federal suspendeu o leilão do terreno do Gasômetro, que estava marcado para as 14h30 desta quarta-feira (31). O Flamengo pretende arrematar o local para a construção do novo estádio.
O juiz Marcelo Barbi Gonçalves, da 7a Vara da Justiça Federal, argumenta que a Caixa Econômica Federal é proprietária provisória do fundo de acionistas que administra o terreno, e que a desapropriação deveria passar pelo presidente da República.
A decisão em tutela antecipada foi contra a desapropriação por hasta pública da área do Gasômetro, feita pela Prefeitura do Rio, que tem 24 horas para se manifestar.
Lance definido
Nesta segunda-feira, a Caixa Econômica já havia tentado adiar o leilão com a entrada na mesma Justiça Federal com um pedido de liminar, mas este foi negado.
No mesmo dia, com 602 votos a favor e 33 contrários, o Flamengo recebeu a aprovação do Conselho Deliberativo para participar do processo de licitação e já se preparava para investir, à vista, o valor do lance mínimo, de R$ 138 milhões.
Com 88,3 mil m², o terreno é de propriedade de um fundo de investimentos gerido pela Caixa Econômica Federal e está avaliado em R$ 250 milhões. Além do impasse na Justiça, há ainda a suspeita de que o terreno não foi descontaminado.