Equipes da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) atuam, na manhã desta quarta-feira (12), para desmembrar de um esquema de lavagem de dinheiro da milícia. A Operação Magnum envolve o cumprimento de 56 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e também nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Mato Grosso. De acordo com a investigação, o esquema teria movimentado R$ 30 milhões em três anos.
Os alvos da operação são pessoas físicas e empresas suspeitas de participarem da lavagem de dinheiro. Um desses investigados é Marcelo Morais dos Santos, o Grande, apontado por utilizar empresas do setor de transportes e intermediários para lavar o dinheiro oriundo de atividades ilícitas da milícia como extorsões, loteamento irregular e grilagem de terras.
Inicialmente vinculado ao miliciano Danilo Dias Lima, o Tandera, para quem realizava a lavagem de dinheiro, Grande se aliou ao grupo comandado por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho. A Polícia Civil destaca que a mudança ocorreu num momento em que o bando de Tandera sofreu consideráveis baixas. Grande está desaparecido desde setembro de 2023, parentes acreditam que ele possa ter sido morto.
No estado do Rio, os mandados são cumpridos na capital, nos bairros de Santa Cruz e Campo Grande, na Zona Oeste; e nas cidades de Seropédica, na Baixada Fluminense; e Petrópolis, na Região Serrana. Nesta manhã, as equipes estiveram também no Recreio dos Bandeirantes, à procura da namorada de Grande. Ela não foi encontrada.
Outro instrumento usado na lavagem do dinheiro são as moedas digitais: ima soma de R$ 350 mil foi encontrada com um dos alvos da operação. A ação é feita em parceria com o Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra), a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), e as unidades de polícias das localidades em que as buscas estão sendo executadas.
Com informações da TV Globo