O mototaxista Luiz Antônio Bispo Farias da Silva, de 28 anos, morreu após ser atropelado por um carro na manhã desta segunda-feira (03), em Copacabana, na Zona Sul do Rio. O caso teria sido motivado por uma briga em uma boate do bairro. Ao sair do local, ele foi perseguido pelo motorista de um Celta Preto.
O atropelamento ocorreu por volta das 4h na Avenida Princesa Isabel, esquina com a Nossa Senhora de Copacabana. Testemunhas gravaram o motorista saindo do carro e arremessando um objeto contra Luiz, que já estava caído no chão. O motorista do Celta foi preso em flagrante e levado à delegacia.
De acordo com a Polícia Militar, o motorista do carro teria atingido, além de Luiz, outras duas pessoas de forma proposital após a discussão. Os dois feridos foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e encaminhados ao hospital.
Luiz Antônio não resistiu e morreu no local. Seu corpo foi retirado pouco antes das 8h e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) do Centro. Ele era morador do Chapéu-Mangueira, no Leme, e deixa dois filhos, um de cinco anos e outro de 3 meses.
Hostilidade contra motociclistas
Outros casos recentes chamam a atenção para a violência no trânsito contra motociclistas. Em outro atropelamento, motivado por uma briga de trânsito, um taxista matou o motoboy Alan Rodrigues Sales, de 22 anos, na noite da última sexta-feira (31), em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio.
Testemunhas do caso contam que Alan discutiu com o taxista e teria tentado quebrar o retrovisor do carro. Em seguida, começou um perseguição até que o motorista imprensou o jovem contra um poste na Rua Teodoro da Silva. Alan morreu na hora e o taxista fugiu.
No dia 23 de maio, o subtenente do Corpo de Bombeiros David da Silva Silveira foi preso por ter atirado no motociclista Neemias Francisco dos Santos, de 24 anos, após uma briga de trânsito. O motociclista morreu no local. A identificação do atirador ocorreu por meio de depoimentos de testemunhas e análises de câmeras de segurança, que capturaram a placa do veículo do militar.
David foi preso em casa e assumiu que atirou, mas argumentou que o disparo foi dado em legítima defesa e que o motociclista danificou seu veículo. Ele afirmou que fugiu do local e não procurou as autoridades por medo da repercussão do caso.