A Frente Parlamentar em Defesa da Educação Inclusiva lançou, nesta quinta-feira (23), o Mapa da Inclusão Escolar Carioca, com dados — como número de alunos, de salas de recurso e de profissionais especializados — sobre a rede municipal de ensino do Rio.
A equipe da vereadora Luciana Boiteux (PSOL), que preside a frente, levantou os informações e chegou à conclusão: milhares dos que a prefeitura chama de “incluídos” são alunos com alguma deficiência que estão apenas matriculados na rede municipal.
A inclusão escolar, de fato, pouco acontece: em 16 bairros, como Barra de Guaratiba, Vila da Penha, Ipanema e Flamengo, não há sequer uma sala de recurso disponível para os alunos; 519 unidades escolares não têm rampas entre andares; e dos 21.835 estudantes com deficiência nas unidades de educação, 9.557 não são atendidos por agentes de apoio à educação especial.
“A inclusão não é somente a garantia da matrícula. É preciso ter o atendimento especializado e a acessibilidade em todas as escolas”, denuncia Boiteux, que continua acompanhando as demandas escolares e cobrando soluções à Secretaria municipal de Educação.
A prefeitura do Rio não valoriza os Agentes de Apoio a Educação, o salário é vergonhoso e ainda estamos aguardando a correção da escolaridade dos AAEES. Trabalho em uma escola com 11 crianças incluídas e tem somente eu de AAEE, não dá pra atender a todos infelizmente.