Bolsistas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) reclamam do atraso no pagamento de auxílios estudantis desde fevereiro. Muitos dependem dos recursos para se deslocarem à Universidade e se preocupam com a própria permanência dentro da instituição.
Giovanna Barbosa, aluna de Geografia da Uerj de Duque de Caxias, declara que “com o atraso, fica muito difícil permanecer na faculdade tendo um ensino de qualidade”.
Já Igor Justino de Aguiar, do curso de Engenharia Ambiental, reclama do impacto em cadeia que o atraso causa: “tem afetado a minha vida porque se eu não tenho passagem, não consigo vir pra faculdade. Se eu não tenho a bolsa permanência, eu não consigo permanecer no local, não consigo ver coisas da faculdade, até mesmo coisas pessoais minhas”. Ele recebe bolsa permanência e auxílios transporte e alimentação, que desde abril têm sido pagos com atraso.
Na última quarta-feira (08), os alunos protestaram no andar da reitoria, questionado o reitor sobre os atrasos. Nesta quinta-feira (09), uma manifestação em defesa da educação foi feita em frente ao Palácio Guanabara, sede do Governo Estadual, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio.
Em nota divulgada nas redes sociais, a Uerj informou que todas as bolsas estudantis, de docentes, técnicos administrativos, residentes e os salários dos professores substitutos e visitantes serão pagas até a próxima terça-feira (14).
A instituição afirma ainda que os recursos já foram liberados pelo governo, porém ainda não foram depositados na conta da universidade. Também estão atrasados os pagamentos de auxílios como o transporte e alimentação, e as BAVS — benefício de R$ 706 criado na pandemia para ajudar estudantes em vulnerabilidade social.
Em nota, o governo do estado disse que está cumprindo de forma rigorosa o orçamento da universidade, aprovado pela Assembleia Legislativa (Alerj), e que cabe à instituição, com autonomia administrativa, realizar a gestão financeira. O governo afirmou, ainda, que o orçamento disponível para 2024 aumentou em mais de 15% em relação a 2023.
Com informações do G1