A sessão da Câmara do Rio caiu, nesta quinta-feira (09), bem na hora de votar o requerimento da vereadora Monica Benício (PSOL) para revogar o Conjunto de Medalhas Pedro Ernesto concedidas a Domingos Brazão, preso por acusação de mandar matar a vereadora Marielle Franco.
O vereador Luiz Ramos Filho (PSD) pediu verificação de votação, o que derrubou a votação pela falta de parlamentares no plenário. Onze votaram pelo cassação da homenagem, e dois foram contrários: o próprio Ramos Filho e Waldir Brazão — que não é parente, mas adotou o nome político da família.
A sessão caiu porque são necessários pelo menos 26 vereadores votando. O curioso é que 42 nobres marcaram presença na sessão.
Líder da bancada do PSOL na Câmara Municipal e viúva de Marielle, Monica apresentou dois requerimentos para cancelar a mais alta honraria do legislativo carioca dadas a Domingos e a Chiquinho Brazão.
“É inaceitável que os envolvidos nesse crime covarde sigam homenageados pela mesma casa de leis que perdeu Marielle Franco. Para eles apenas a vergonha e a desonra”, justifica Monica.
Os irmãos e o delegado Rivaldo Barbosa foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pela morte de Marielle e do motorista Anderson Gomes. Nesta quinta-feira (09), a Polícia Federal prendeu mais um envolvido no crime: Robson Calixto da Fonseca, conhecido como Peixe, que é ex-assessor de Domingos Brazão.