Representantes de favelas de vários países iniciaram, nesta segunda-feira (29), uma série de conferências a fim de discutir problemas e soluções para as comunidades, reunindo propostas a serem entregues na cúpula do G20,que será realizada no Rio, em novembro. A primeira Conferência Internacional das Favelas-20 (CIF) foi no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio.
Até o mês de setembro, a previsão é que sejam realizadas conferências em mais de três mil favelas do Brasil e de outros 40 países. Para o cofundador da Central Única das Favelas (Cufa), Celso Athayde, as favelas contribuem muito para o desenvolvimento do país, principalmente por sua mão de obra:
“E os pensamentos que a favela tem normalmente não são aproveitados pelo poder público, porque a favela não é consultada sobre temas relevantes. E agora, com o G20, é uma oportunidade que a gente tem da favela se organizar, pautar os temas que nos interessam, de mostrar que tem capacidade de pensar sobre os temas que os governos estão propondo: a sustentabilidade, os direitos humanos, a [redução da] desigualdade”.
As conferências contam com a chancela da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e serão dividas em fases ao longo dos próximos meses, iniciando no Brasil nesta segunda e seguindo por Luxemburgo (5 de maio), Suécia (8 de maio), Cazaquistão (9 de maio), Rússia (11 de maio), Uzbequistão (12 de maio), Bélgica (13 de maio), Inglaterra (16 de maio), República Centro Africana (18 de maio), República Democrática do Congo (20 de maio) e Moçambique (22 de maio).