A Polícia Civil, com equipes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) deflagraram a Operação Águas Limpas, na manhã desta segunda-feira (08), com buscas em empresas que usam o tolueno — substância que causou a interrupção do fornecimento de água em cidades da Região Metropolitana na última semana. Entre as 16 empresas alvo, 14 estão no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, uma das cidades afetadas pela paralisação.
A força-tarefa procura a origem da contaminação no manancial do Sistema Imunana-Laranjal, para determinar se o elemento é residual ou se a contaminação do solo permanece. Na sexta-feira, uma análise da água em um dos pontos do Rio Guapiaçu, em Guapimirim, na Baixada Fluminense, perto de um duto desativado da Petrobras, indicaram a a presença de 59 microgramas, quase ao dobro do limite permitido, de 30 microgramas.
A Justiça determinou a realização de busca e apreensão de produtos químicos armazenados de forma irregular em depósitos e a coleta de amostras de tolueno – para a comparação com o material identificado nas amostras da Cedae. As equipes procuram também documentos que comprovem a aquisição do solvente ou qualquer outro item que evidencie a prática de crime ambiental.
O responsável técnico de uma das empresas analisadas será conduzido à Cidade da Polícia, na Zona Norte da capital, após a perícia detectar irregularidades no local.
Tolueno Zero
Testes feitos neste domingo (07) indicaram a ausência de tolueno na água tratada do Sistema Imunana-Laranjal, que voltou a operar na última sexta-feira, às 22h42, após análises que determinaram a potabilidade da água.
A interrupção do fornecimento afetou quase dois milhões de pessoas nas cidades de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá (distritos de Inoã e Itaipuaçu) e na Ilha de Paquetá, na cidade do Rio.