Uma universitária de 25 anos, que veio ao Brasil para aprender português por um ano, denunciou ter sido estuprada numa boate na Lapa, no Centro do Rio. A Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) está investigando o caso.
A jovem sul-americana estava de passagem pela cidade e iria estudar na Bahia. Ela afirmou ter conhecido um rapaz na boate Portal Club, que a teria levado ao “Dark Room”, quarto escuro de ambiente mais reservado.
No local, a estudante afirma ter sido estuprada pelo rapaz e por outros homens, que ela suspeita serem amigos dele. Ela disse ter perdido a consciência e não sabe se alguma substância foi colocada em sua bebida.
Quando recuperou o juízo, procurou uma amiga para contar sobre o que aconteceu. A vítima disse que denunciou o estupro a funcionários da boate, inclusive seguranças, que a teriam desencorajado de ir à delegacia.
Nesta segunda (1), ela procurou a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Alerj para denunciar o crime. Ela havia dito à Comissão que seguiria para Bahia naquele dia, mas que, após o estupro, decidiu retornar ao seu país de origem.
“A solicitação das câmeras na boate é algo que todos nós consideramos como essencial para que essas pessoas sejam identificadas. O que a gente espera também é cuidado com a jovem que está completamente desesperada diante de toda situação e quer voltar para o seu país o quanto antes”, afirmou a presidente da comissão, deputada Renata Souza (PSOL).
Em nota, a Deam afirma que está buscando as imagens da câmera de segurança e outros elementos que possam identificar os autores do crime. A boate Portal Club disse que repudia o crime e que nunca irá apoiar qualquer tipo de violência contra a mulher.
De 2012 até maio de 2022, ocorreram cerca de 4 mil estupros coletivos no estado do Rio, segundo o Instituto de Segurança Pública.