A Procuradoria Regional Eleitoral do Rio reforçou, nesta terça-feira (02), o pedido de cassação e inelegibilidade do governador Cláudio Castro (PL) e do seu vice Thiago Pampolha (MDB). A resposta foi em ação de investigação eleitoral movida pela coligação do então candidato Marcelo Freixo, sob acusação de abuso de poder econômico pelo escândalo do Ceperj e da Uerj.
O MP Eleitoral já tinha dado o mesmo parecer em dezembro de 2022, em ação ajuizada pela própria corte, pela acusação de abuso de poder político e econômico e de conduta vedada a agente público. A representação afirmava que a chapa de Castro, e mais dez pessoas, foram supostamente favorecidos com o uso de recursos públicos para contratar centenas de cabos eleitorais através da Fundação Centro Estadual de Estatística, Pesquisa e Formação de Servidores Públicos do Rio (Ceperj) e de programas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Sobre a ação movida por Freixo, as procuradoras eleitorais Neide Cardoso de Oliveira e Silvana B. Atini opinaram que os investigados obtiveram vantagens com recursos públicos que auxiliaram na reeleição de Castro.
“Os elementos colhidos, e analisados em conjunto, evidenciam que os investigados Cláudio Castro e Thiago Pampolha, com o auxílio direto de Gabriel Rodrigues Lopes (então presidente do Ceperj) perpetraram o esquema ilícito acima delineado a fim de utilizar a máquina pública, à exclusiva disposição dos investigados, para obter vantagens financeiras ilícitas com recursos públicos e lograrem êxito na reeleição ao governo do estado, nas eleições gerais de 2022”, diz trecho do documento assinado.
A defesa de Cláudio Castro disse que confia na Justiça e lamenta que o então candidato Marcelo Freixo não aceite a decisão soberana da população.