As sessões extraordinárias da Câmara do Rio, que permitem a votação online, podem estar com os dias contados. E a volta do presencial pode acontecer por um quiprocó iniciado por Rogério Amorim (PL).
O acordo entre os nobres previa que fossem pautados, às quartas-feiras, apenas propostas sem grande polêmica, os projetos sem sal, como datas comemorativas, homenagens, medalhas… ou seja, que em nada melhoram a vida dos cariocas.
Mas, na última quarta-feira (20), Amorim insistiu em colocar em votação uma proposta que impediria a contratação de residentes médicos nas unidades de saúde — que está longe de ter consenso na casa. Mas não foi adiado.
Na sessão seguinte, o nobre foi ao microfone reclamar e dizer que iria expor nas redes sociais os nomes dos 16 colegas que apoiaram requerimento que postergou a votação.
O bate-boca que se seguiu em plenário foi tão grande que até o sereno líder do governo Átila Nunes (PSD) subiu o tom, depois de ser acusado de manobrar contra o projeto por interesse da prefeitura.
Ao fim da confusão, por sugestão levantada pelo próprio Átila, o presidente Carlo Caiado (PSD) anunciou que colocará em pauta, no próximo Colégio de Líderes, o fim das sessões extraordinárias às quartas-feiras, com a volta de sessões totalmente presenciais.
Agora resta esperar para ver se, depois dos ânimos se acalmarem, os nobres realmente vão topar acabar com as votações online das quartas-feiras e, claro, com a liberdade estarem nas ruas no meio da semana, em ano eleitoral.