Tem eleição à vista? Tem Márcio Canella na disputa. A cinco passos de 2026, e cada vez mais próximo do momento em que o governador Cláudio Castro (PL) deve renunciar ao cargo para buscar uma vaga no Senado, o prefeito de Belford Roxo passou a mão no telefone para convencer seus ex-colegas de Assembleia Legislativa a votarem em seu nome para o mandato-tampão.
Castro deve deixar o cargo logo depois do carnaval. Com a renúncia, caberá à Alerj, em eleição indireta, a escolha de quem vai assumir o comando do Palácio Guanabara até dezembro.
Canella, que já se lançou pré-candidato à vera — e quer entrar na briga, em outubro, pelo União Brasil — se animou. Mas sentar na cadeira mais alta do estado já em março.
Se consultado sobre a “campanha”, Canella desconversa. Não diz que é candidato, mas também não nega.
“Todo político quer ser governador. Eu já fui vereador, três vezes deputado e tenho quase 90% de aprovação como prefeito da minha cidade. Sou mesmo o mais preparado”, diz.
Os possíveis adversários de Canella
Mas a disputa não vai ser fácil. Castro vai trabalhar para eleger o seu secretário-chefe da Casa Civil, Nicola Miccione. Já o senador Flávio Bolsonaro (PL) pretende convencer o governador e o presidente estadual do PL, Altineu Côrtes, a ter um político no cargo — de preferência, que vá disputar a reeleição em outubro.
Um deles é do atual secretário estadual das Cidades, Douglas Ruas. Filho do prefeito de São Gonçalo, Capitão Nelson, e policial civil concursado.
Outra sugestão do senador é o secretário estadual de Polícia Civil, Felipe Curi. O homem já vinha se destacando na Segurança Pública com a Operação Torniquete, mas ganhou notoriedade mesmo depois da mega ação que deixou 122 mortos nos Complexos da Penha e do Alemão em outubro.
O ex-presidente do Flamengo Rodolfo Landim também pode ser a aposta de Flávio Bolsonaro no Rio. Bolsonarista, o cartola nunca foi testado nas urnas.
O senador também quer incluir nas pesquisas o prefeito de Itaboraí, Marcelo Delaroli. O alcaide já era considerado um quadro importante do partido, mas a chegada do irmão, o vice-presidente Guilherme Delaroli (PL) ao comando da Assembleia Legislativa acendeu os refletores na direção de Itaboraí, na Região Metropolitana. Guilherme assumiu interinamente a presidência em consequência da prisão e, depois, do afastamento, de Rodrigo Bacellar (União).
E esses são só os nomes mais cotados dentro do PL de Castro. Imagine quando os outros partidos — inclusive os de oposição ou o União de Canella — lançarem os seus dados no tabuleiro…

