Logo após anunciar a conclusão da retirada de água dos túneis do metrô da Gávea, a nova fase da obra entrou em execução. Na quinta-feira (11), o governador do Rio, Claudio Castro, esteve no local para iniciar a detonação em rochas no canteiro de obras.
Castro realizou a detonação de uma rocha para permitir a conexão da estação da Gávea com o túnel que vai levar o metrô ao bairro. A fase de detonações estava prevista para começar apenas em fevereiro, mas foi antecipada em três meses e vai acelerar o ritmo das obras que estavam paralisadas desde 2016 e foram retomadas em agosto.
A atual etapa de detonação vai escavar o corpo da estação (plataforma e mezanino) e o trecho de túnel restante, que interliga as estações São Conrado e Gávea. As obras vão dar espaço a toda área da Estação de Metrô Gávea. Cerca de 140 mil toneladas de rocha deverão ser retiradas ao longo de 12 meses por caminhões basculantes.
O material será descartado em local devidamente regularizado. Em paralelo, outras frentes de trabalho vão seguir em andamento, como o preparo para a instalação da via permanente e das estruturas que compõe as saídas de emergência e rotas de fuga. Mesmo com o antecipação no cronograma das etapas, oficialmente a entrega segue prevista para o segundo semestre de 2028.
Metrô da Gávea e mudanças no projeto ao longo dos anos
A estação da Gávea deveria ficar pronta em 2016, antes da realização dos Jogos Olímpicos do Rio. Por falta de recursos, a obra foi suspensa em 2015 e o projeto passou por alterações em relação ao plano original.
Antes, todas as seis estações da Linha 4 — Jardim Oceânico, São Conrado, Gávea, Antero de Quental, Jardim de Alah e General Osório — seriam conectadas. Agora, passageiros que forem da Gávea para Ipanema precisarão fazer baldeação em São Conrado.
Durante a paralisação, a estação foi mantida sem água por bombas de sucção. Em 2016, elas foram desligadas temporariamente devido a uma grave crise financeira do estado, que também envolveu denúncias de superfaturamento de R$ 3,7 bilhões na Linha 4.

