Além do diretor de investimento interino, outros servidores do Rioprevidência também foram demitidos nesta semana. De acordo com o Ministério Público do Rio (MPRJ), pelo menos dez funcionários do fundo previdenciário foram exonerados pelo governo estadual. Todos são investigados por envolvimento na aplicação de aportes no Banco Master, apesar dos alertas sobre os riscos da operação.
As exonerações seguem uma recomendação do MP. O órgão se o diretor Pedro Pinheiro Guerra Leal, exonerado nesta quarta-feira (03), está entre os dez demitidos. Guerra Leal assumiu o cargo em agosto deste ano. Ele entrou no lugar do ex-diretor Eucherio Lerner Rodrigues no mesmo mês em que o Rioprevidência começou a investir nas letras financeiras do Master.
Controladoria-geral criou grupo de trabalho para acompanhar caso Rioprevidência
Além disso, as exonerações acontecem após a Controladoria-Geral do Estado criar um grupo de trabalho interno, dedicado a acompanhar o cumprimento da recomendação do MP e outras medidas para proteger o patrimônio previdenciário do estado do Rio. O grupo foi criado na última segunda-feira (01).
O MP sugere que o governo estadual abra um processo administrativo para apurar a conduta de gestores, consultores e integrantes dos comitês que autorizaram ou mantiveram os investimentos no Master. Segundo o órgão, a falha na gestão dos investimentos fez o estado do Rio perder o Certificado de Regularidade Previdenciária — documento essencial para receber repasses voluntários da União e contratar empréstimos com bancos públicos.
Segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), o Rioprevidência fez aplicações acima de R$ 2,6 bilhões em instituições ligadas ao Master. R$ 960 milhões foram em letras financeiras entre outubro de 2023 e agosto de 2024. O fundo previdenciário tinha sido alertado sobre os riscos do investimento. O banco teve sua liquidação extrajudicial decretada pelo Banco Central em novembro . A Polícia Federal investiga o caso.

